quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Especial ANDEBOL

Esta semana continuamos a publicação do Especial ANDEBOL - entrevista de Horácio Poiares ao Diário de coimbra.


 "Autarquia e AAC vão promover, em Janeiro, uma prova federativa de promoção"

O andebol teve um período em que era das modalidades mais praticadas em Coimbra. Hoje isso não é uma realizade.
O andebol, foi sem dúvida uma das modalidades que mais evoluiu nos últimos vinte anos quer em quantidade que em qualidade, promovendo uma política agressiva de expansão que originou a consolidação de alguns polos de desenvolvimento no país para além de Lisboa e Porto: Braga, Aveiro Leiria e Madeira aqui face à política de apoio do governo regional. Além disso apostou-se na formação de técnicos, elemento prioritário e fundamental em qualquer projecto e no forte apoio ao alto rendimento. Como prova disso estão os valores dos apoios do Estado, sendo a Federação de Andebol uma das três, que mais apoios recebem (Atletismo, Andebol e Basquetebol).
Os subsídios e financiamentos públicos não têm diminuído, e são utilizados fortemente na preparação das selecções nacionais, que no andebol são nove (aqui entram os Sub 17, 18 19 e por aí fora), não sobrando nada ou quase nada para o desenvolvimento regional. As autarquias têm substituído as Federações nesse trabalho, apoiando inúmeras acções (muitas delas da responsabilidade das Federações, duplicando os apoios) e no apoio directo aos clubes. As Associações Distritais estão a ter cada vez menos importância no processo de desenvolvimento e ocupam-se no enquadramento de provas regionais (para cada escalão etário são precisas oito equipas) ou provas interegionais, porque só seis ou sete associações têm o nº mínimo de equipas para se autonomizarem e para organizarem selecções distritais.
A constante reorganização de provas nacionais levam a que um clube possa mudar de divisão sem ter ganho qualquer prova ou ficado nos lugares de despromoção. Utilizam estratégias ocasionais, conjunturais ou como alguém já disse alinham no “Salve-se quem puder e o último que feche aporta”.
No final da época passada assistimos a clubes que mudaram de nome, compra de direitos desportivos (A AAC não subiu de divisão à custa disso), o que no meu modesto parecer deixa muitas dúvidas à seriedade dos processos.


Ricardo Busano in Diário de coimbra

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