À Conversa Com: Os Capitães

Esta semana, o capitão dos Juvenis Masculinos, Nuno Viseu, esclarece qual o futuro desta equipa da formação academista.

Terminada esta época para os Juvenis Masculinos, qual o balanço que faz destes meses de competição? Foram cumpridos os objectivos?

Acabada a época o balanço que faço desta é positivo, e após ter discutido esta questão com a equipa posso afirmar que os meus colegas partilham esta mesma opinião. Os objectivos que a equipa traçou durante a pré-época consistiam em obter bons resultados durante toda a época (apesar de não aspirar passar à segunda fase do campeonato), desenvolver a qualidade técnica dos jogadores a nível individual e a nível colectivo e finalmente melhorar o, já existente, sentido de grupo e de apoio colectivo dentro da equipa, quer dentro quer fora do campo. Qualquer um destes objectivos foi cumprido. De facto, muitos elementos do grupo sentiram uma certa admiração pela maneira como estes objectivos foram superados, excedendo até as expectativas existentes no início da competição.

Os membros desta equipa foram sentindo um agradável sentimento de realização pessoal e colectiva ao longo da época e, agora acabada, olham para trás com orgulho.

Em termos de grupo, quais os aspectos positivos e negativos que mais marcaram esta época desportiva?

Esta época foi marcada negativamente pelo seu mau início. Não por resultados desfavoráveis, mas pelas dificuldades que a equipa sentiu nos primeiros jogos pela falta de atletas. Esta situação não só desmotivou a equipa, como fez despertar um sentimento de revolta no plantel. Fez o grupo sentir-se prejudicado sem o merecer, pois apesar de todo o esforço e vontade que demonstrava nos jogos, acabou por sofrer duas derrotas consecutivas pela diferença de um golo em jogos em que a equipa se viu forçada a jogar 60 minutos com apenas 6 jogadores. A frustração era imensa ao pensar na tamanha disputa dos jogos em que, apesar do equilíbrio entre a exibição das equipas, o resultado final não nos foi favorável. Mais tarde, quando este problema foi remediado (e não resolvido pois durante toda a época a equipa dispôs de um número limitado de atletas nos treinos e nos jogos) a equipa acabou por descobrir qualidade, pois nunca desistiu nos momentos difíceis referidos, fazendo bons jogos quando nada parecia estar a favor. Esta luta fez os atletas e os treinadores perceber que tinham qualidade necessária para obter bons resultados e cumprir os objectivos traçados anteriormente. E é neste espírito de persistência que encontro um evidente aspecto positivo desta época. Penso que há uma lição que pode ser retirada desta situação. Esta equipa que não dispõe de jogadores fora de série nem de uma equipa técnica incrível acabou por servir de exemplo para outras que possam encontrar situações difíceis no presente e no futuro.

Para terminar, qual o futuro da equipa de Juvenis Masculinos? 

Há muitas alterações confirmadas no plantel da equipa de juvenis masculinos, visto que a maioria dos seus atletas vão subir de escalão. Os poucos juvenis que restam acompanharão os seus colegas mais velhos nesta subida de escalão. Assim, a actual equipa juvenil passará a constituir a futura equipa júnior, juntamente com os restantes juniores que não subirão de escalão e que decidam continuar. No entanto, alguns atletas da actual equipa de juvenis já confirmaram a sua saída por motivos académicos. Também a equipa técnica terá de ser reformulada, pois ambos os treinadores (Ivo Mendes e André Moura Pereira) que a equipa teve a seu dispor durante esta época não vão estar disponíveis para permanecer ao serviço desta equipa. Apesar das mudanças que se avizinham, os atletas continuam com vontade de praticar esta modalidade que amam com a camisola da académica durante mais um ano.